“Anne Sexton é espiã e bruxa, dessas que te dãoa mão pra atravessar a rua, o céu, o inferno. Das poetas mais radiantes do século passado.”
_Letícia Novaes, a Letrux
Anne Sexton foi um vendaval que desafiou convenções. Se estivesse viva, teria hoje 95 anos. Em 2024, completam-se 50 anos de sua partida. Rememorar e homenagear o legado da obra dessa imensa poeta estadunidense é a proposta do Circuito Anne Sexton, que acontece de 12 a 24 de março, com 8 encontros gratuitos: presenciais – em 5 livrarias de 5 regiões do Brasil – e on-line, com 3 conversas digitais, no canal da Relicário no YouTube. Entre os participantes confirmados, pesquisadoras/es, tradutoras, livreiras/os, psicanalistas, jornalistas e produtores de conteúdo – especialistas ou não na obra de Anne Sexton.
Uma das vozes mais proeminentes de sua geração, Anne Sexton foi uma renomada autora nascida em 9 de novembro de 1928 em Newton, Massachusetts, EUA, e falecida em 4 de outubro de 1974. Dona de uma obra poética notável, incluindo “To Bedlam and Part Way Back” (1960) – seu primeiro livro, que refletiu suas experiências em uma instituição psiquiátrica –, “All My Pretty Ones” (1962), “Live or Die” (1966), que concedeu à autora o Prêmio Pulitzer de Poesia, e “Love Poems” (1969). Sua poesia é lida em todo o mundo, traduzida para mais de trinta idiomas e, em seu próprio país, permanece como referência para poetas e leitores em busca de uma percepção crua, vitalidade na expressão e franqueza íntima.
Com um trabalho considerado ícone no que se denominou “poesia confessional”, ao lado de Sylvia Plath e Robert Lowell, por exemplo, Sexton abriu caminhos para gerações de escritoras, tendo explorado temas pessoais e emocionais de maneira única e perturbadora. Mais do que expressão de si, sua poesia apresenta temas tabus e inadmissíveis em sua época, como traumas de infância e incesto; dependência de drogas e de álcool; loucura e depressão; masturbação e menstruação; casamento e adultério; maternidade, filhos e amizade; o desejo de viver e de morrer. Recém-lançado, o livro Compaixão é o primeiro trabalho de Sexton publicado no Brasil, em edição bilíngue com seleção e apresentação de Linda Gray Sexton, sua primogênita e executora literária, e tradução da também poeta Bruna Beber.
Adelaide Ivánova é pernambucana, poeta e ativista pelo direito à moradia em Berlim, onde mora desde 2011. Publicou, entre outros, o martelo, livro de poesia documental, prêmio Rio de Literatura. Seu próximo livro, Asma, será lançado em breve.
Adriane Garcia é poeta e curadora nascida em Belo Horizonte, onde vive. Publicou, entre outros, Estive no fim do mundo e me lembrei de você (Selo FNLIJ Altamente Recomendável) e A bandeja de Salomé.
Angélica Cigoli é graduada em Letras pela USP e criadora do perfil Sopro das Musas, além de colaborar para blogs especializados em literatura.
Bruna Beberé poeta e tradutora. Nascida em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, vive em São Paulo. Autora de, entre outros, Veludo rouco, traduziu Compaixão, de Anne Sexton.
Camille Castelo Branco é doutora em Antropologia pela UFPA e realiza pós-doutorado em Direitos Humanos na mesma universidade. Crítica literária, escritora e poeta, publicou Às vezes o monstro é uma mulher e A escuridão que reconheço como minha.
Felipe Cruz é professor, escritor e mestre em Estudos Literários pela UFPA. Autor, entre outros, de Os Apocalipses e Vila Fátima, casa 14.
Helena Machado nasceu no Rio de Janeiro. É bacharel em Comunicação Social pela ECO/UFRJ e atriz formada pela CAL. Roteirista e dramaturga premiada com a peça Sexton (5ª Seleção Brasil em Cena, CCBB / MinC). Publicou o romance Memória de ninguém.
Ju Gervason é professora, revisora, poeta e pós-doutora em Literatura e Contemporaneidade. Realiza mediação de clubes de leitura, cursos de literatura e consultora acadêmica.
Juliana Cunha nasceu em Recife, onde vive. Assistente social de formação, é mestra em Psicologia, especialista em Saúde Mental e em Políticas Públicas. Mediadora do clube de leitura Leia Norte e Nordeste, também administra o perfil Coisas que Leio.
Katarine Araújo nasceu em Recife. Poeta, escritora e advogada, é pós-graduada em Escrita Criativa. É mediadora e curadora no Clube de Leitura Leia Mulheres Olinda.
Laura Torres nasceu em Belo Horizonte. Autora de diário frágil, define-se como uma operária do texto, cujos seus interesses são a escrita, o cotidiano e as narrativas impossíveis, principalmente as do real.
Leticia Bosisio vive no Rio de Janeiro e é sócia da Janela Livraria.
Ludimila Moreira é historiadora e doutora em Literatura pela UnB.
Luisa Benevides nasceu no Rio de Janeiro, onde vive. Psicóloga formada pela UFRJ, mestra em Filosofia (Université de Toulouse, França) e doutoranda em Letras pela UERJ. Publicou azul de um minuto: poemas entre mãe e filho.
Luiza Mussnich é escritora e vive no Rio de Janeiro. Publicou, entre outros, os livros de poesia Microscópio, Lágrimas não caem no espaço, Para quando faltarem palavras e Tudo coisa da nossa cabeça.
Moema Vilela é professora nos cursos de Escrita Criativa e Letras da PUCRS. Publicou, entre outros livros, Ter saudade era bom, A dupla vida de Dadá e Fotos ruins muito boas.
Morgana Feijão é livreira da Circulares, onde também faz mediação do clube do livro. Cuida do pefil de leitura Uma Penca de Livros.
Nanni Rios é jornalista, produtora cultural e livreira. Assina a curadoria de livros e atividades da Livraria Baleia, em Porto Alegre.
Nina Rizzi é poeta e tradutora. Formada em História pela Unesp, desenvolveu pesquisas junto ao Movimento dos Sem Terra (MST) nas áreas de História, Cultura e Educação. Publicou sereia no copo d’água (Jabuticaba), entre outros livros.
Paula Jacob é jornalista e professora especializada em Cinema e Literatura pelo viés da Psicanálise e Semiótica.
Paula Taitelbaum é escritora, ilustradora, publicitária, produtora cultural e atriz. Publicou, entre outros livros, Eu versos eu e Ménage à trois.
Pedro Gama é professor de escrita e sócio da Travessia Livraria.
Renata Sanches é formada em Relações Internacionais pela UnB e mestre em Cooperação Internacional e Internacionalização pela Université Libre de Bruxelles-ULB. Professora universitária, divide-se em quatro clubes: Lendo Mulheres Brasília, TAG-Brasília, Lendo e Conhecendo História Global e Lendo Simone de Beauvoir em Ordem Cronológica.
Schneider Carpeggiani é jornalista e editor.
Stephanie Borges é poeta e tradutora. Publicou, entre outros escritos, o livroTalvez precisemos de um nome para isso (IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura). Traduziu autoras como Audre Lorde, bell hooks e Claudia Rankine, tendo sido uma das curadoras da Bienal do Livro do Rio de Janeiro 2023.
Tatianne Dantas é psicanalista e psicóloga, mestre em Psicanálise: Clínica e Cultura pela UFRGS e doutora em Estudos Literários pela UFS.
Virginia Derciliano cursou Letras pela UEMG e é mestranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela USP. Desenvolve pesquisa sobre a figura da bruxa na poesia de Anne Sexton com base numa crítica literária feminista.
A Relicário Edições e a autora Andréa Sirihal Werkema convidam para o lançamento do livro “As duas pontas da literatura: crítica e criação em Machado de Assis”. Dia 23 de novembro, às 11h, na Casa Relicário (Rua Machado, 155, casa 1 – bairro Floresta). Este livro reúne artigos diversos sobre Machado de Assis, juntando duas …
O QUE IMPORTA? Convidada Paloma Vidal Paloma Vidal mostra os bastidores da tradução da mexicana Margo Glantz. Lançamento ao vivo no YouTube em 7 de maio terá presença da autora Por Michelle Strzoda Nesta sexta, dia 7 de maio, às 19h, haverá o lançamento de E por olhar tudo, nada via, da mexicana …
Conversas sobre Pulsões e Compulsões em Escrita, Sexualidade e Literatura APRESENTAÇÃO “Ela não deve saber que escreve aquilo que escreve. Porque ia se perder. E isso seria uma catástrofe.” LACAN citado por DURAS, em Escrever Uma das mais célebres artistas da palavra de todos os tempos, Marguerite Duras é a protagonista de um projeto …
A Relicário Edições e a Biblioteca Mário de Andrade convidam para o lançamento do livro “Continuar a nascer”, de Mônica de Aquino. Dia 30 de novembro, às 18h. O lançamento contará com bate-papo e leituras sobre poesia e maternidade com Mônica de Aquino, Marília Garcia, Alice Sant’Anna e Ana Estaregui. Mediação de Jhenifer Silva. + …
CIRCUITO ANNE SEXTON: Conversas, encontros e leituras em homenagem à poeta pelos 50 anos de sua partida
“Anne Sexton é espiã e bruxa, dessas que te dão a mão pra atravessar a rua, o céu, o inferno. Das poetas mais radiantes do século passado.”
_Letícia Novaes, a Letrux
Anne Sexton foi um vendaval que desafiou convenções. Se estivesse viva, teria hoje 95 anos. Em 2024, completam-se 50 anos de sua partida. Rememorar e homenagear o legado da obra dessa imensa poeta estadunidense é a proposta do Circuito Anne Sexton, que acontece de 12 a 24 de março, com 8 encontros gratuitos: presenciais – em 5 livrarias de 5 regiões do Brasil – e on-line, com 3 conversas digitais, no canal da Relicário no YouTube. Entre os participantes confirmados, pesquisadoras/es, tradutoras, livreiras/os, psicanalistas, jornalistas e produtores de conteúdo – especialistas ou não na obra de Anne Sexton.
Uma das vozes mais proeminentes de sua geração, Anne Sexton foi uma renomada autora nascida em 9 de novembro de 1928 em Newton, Massachusetts, EUA, e falecida em 4 de outubro de 1974. Dona de uma obra poética notável, incluindo “To Bedlam and Part Way Back” (1960) – seu primeiro livro, que refletiu suas experiências em uma instituição psiquiátrica –, “All My Pretty Ones” (1962), “Live or Die” (1966), que concedeu à autora o Prêmio Pulitzer de Poesia, e “Love Poems” (1969). Sua poesia é lida em todo o mundo, traduzida para mais de trinta idiomas e, em seu próprio país, permanece como referência para poetas e leitores em busca de uma percepção crua, vitalidade na expressão e franqueza íntima.
Com um trabalho considerado ícone no que se denominou “poesia confessional”, ao lado de Sylvia Plath e Robert Lowell, por exemplo, Sexton abriu caminhos para gerações de escritoras, tendo explorado temas pessoais e emocionais de maneira única e perturbadora. Mais do que expressão de si, sua poesia apresenta temas tabus e inadmissíveis em sua época, como traumas de infância e incesto; dependência de drogas e de álcool; loucura e depressão; masturbação e menstruação; casamento e adultério; maternidade, filhos e amizade; o desejo de viver e de morrer. Recém-lançado, o livro Compaixão é o primeiro trabalho de Sexton publicado no Brasil, em edição bilíngue com seleção e apresentação de Linda Gray Sexton, sua primogênita e executora literária, e tradução da também poeta Bruna Beber.
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INSCRIÇÕES
O Circuito Anne Sexton é gratuito. Para validar sua inscrição em cada evento que queira participar, preencha este formulário.
Acredite: não vai durar nem 5 min. e você ainda ganha o passaporte para essa experiência única.
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PRESENCIAL
SUL . Porto Alegre
SUDESTE . Rio de Janeiro
NORTE . Belém
NORDESTE . Recife
CENTRO-OESTE . Brasília
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ONLINE
Transmissão no canal da Relicário no YouTube
Segunda, 18 de março
das 18h às 19h30
UMA ESCRITORA É SOBRETUDO UMA ESPIÃ
Tradução, poesia e escrita confessional
Terça, 19 de março
das 18h às 19h30
ALTA PARCIAL DO MANICÔMIO
A escrita como manifesto, loucura-lucidez, amor-fúria, identidade-desejo
Quarta, 20 de março
das 18h às 19h30
AS MULHERES NASCEM DUAS VEZES
Experimentos, tabus e bruxaria na escrita de mulheres, (re)ler-se em Anne Sexton
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CONHEÇA AS/OS CONVIDADAS/OS
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