“SOU UMA LEITORA DE PAPÉIS. EU ADORO O TEXTO DA PIZARNIK. ELA ESTÁ NA MINHA CABECEIRA. FOI NUM DOMINGO SILENCIOSO QUE LI ‘ÁRVORE DE DIANA’ E DESDE ENTÃO TENTO ME RECUPERAR DESSE BAQUE.”
Nossa entrevista desta semana especial é com Johanna Stein, proprietária da livraria gato sem rabo, em São Paulo, que muito em breve completará seu primeiro ano de vida. Johanna afirma que demorou para perceber que havia se tornado livreira, mas ao mesmo tempo que desde pequena tem uma “relação de confiança com os livros”.
A gato sem rabo não só chegou com muito barulho e expectativa para profissionais do livro, da cultura e entre leitoras, como também fez valer os desejos de Johanna como leitora e seu projeto artístico. “Eu lamentava a falta de um espaço que pudesse encontrar a produção textual de mulheres, pessoas trans, não binárias, travestis e as demais vozes apartadas dos cânones literários. Então tive vontade de construí-lo, ainda sem saber como seria o formato”, explica.
Nesta semana, nos dias 23 (quarta) e 25 (sexta) de março, a gato sem rabo promove com a Relicário o Circuito Alejandra Pizarnik, evento gratuito com duas conversas entre 18h30 e 20h no canal da livraria no YouTube, com um incrível time de convidados/as. Mais informações e inscrições aqui.
Leitora apaixonada de Pizarnik, Johanna mantém livros adorados em suas estantes e cabeceiras, mas as autoras mais queridas estão por toda a sua casa, em seus lugares preferidos para ler. Uma forma simbólica de ter a presença, as palavras e a potência de autoras como Adrienne Rich, Eileen Myles, Anais Nin, Silvia Molloy, Geni Guimarães, Lina Meruane e Adriana Armony por todo canto.
Como se vê, Pizarnik está em muito boa companhia não só na gato sem rabo, mas no teto de Johanna Stein.
Por Michelle Strzoda
Desde quando os livros fazem parte da sua vida?
Johanna Stein: Desde pequena eu tenho uma relação de confiança com os livros. Nos momentos importantes e difíceis da minha vida, como quando enfrentei meus primeiros medos de monstros ou quando entrei na adolescência, fui amparada por leituras que me faziam perceber que tudo ia ficar bem e que eu não estava sozinha. Depois eu entendi que os livros continuariam a fazer o mesmo por mim na vida adulta.
Antes de se tornar livreira, você estudou artes visuais e trabalhava com moda. Quando veio a decisão de se tornar livreira? Por que escolheu trabalhar com livros?
JS: Confesso que demorei para perceber que havia me tornado uma livreira. A livraria gato sem rabo surgiu da minha pesquisa em artes, na qual eu estudei a obra de mulheres artistas que trabalham com o texto. Eu lamentava a falta de um espaço que pudesse encontrar a produção textual de mulheres, pessoas trans, não binárias, travestis e as demais vozes apartadas dos cânones literários. Então tive vontade de construí-lo, ainda sem saber como seria o formato. No início do projeto conversei com diversas pessoas, algumas acharam uma grande loucura, outras embarcaram na ideia e contribuíram substancialmente. Por fim, o modelo de uma livraria acabou sendo o mais viável, pois eu poderia criar um espaço físico dedicado a encontros e leituras e ele seria autossustentável através da venda dos livros.
Como é sua biblioteca pessoal hoje: escritoras e escritores de cabeceira, livros impressos de estimação? Lê no digital?
JS: Sou uma leitora de papéis. Me faz bem ter livros por perto, sentir o cheiro, interromper o silêncio da sala ao passar para a próxima página. Minha biblioteca tem livros que não li, mas os acho bonitos. Tem livros antigos que ganhei de amigos ou familiares que precisavam se livrar dos ácaros. Alguns livros sobre artistas com imagens inspiradoras. Uma prateleira dedicada à filosofia e estética. Outra sobre teoria feminista. E minhas autoras favoritas de poesia e prosa acabam ficando espalhadas pela casa conforme defino novos lugares favoritos de leitura. Pizarnik está na minha cabeceira, junto com Adrienne Rich, Eileen Myles e Anais Nin. Ao lado do sofá agora estão Silvia Molloy, Geni Guimarães, Lina Meruane e Adriana Armony.
Alejandra Pizarnik tem um lugar especial nessa biblioteca, assim como Virginia Woolf?
JS: Eu adoro o texto da Pizarnik. Lembro bem quando a Relicário lançou as primeiras traduções. Foi num domingo silencioso que li Árvore de Diana e desde então tento me recuperar desse baque. Comecei a ler sua prosa, em uma edição em espanhol com um desenho da própria Pizarnik na capa. Eu adoro escritoras que desenham.
“Fui amparada por leituras que me faziam perceber que tudo ia ficar bem e que eu não estava sozinha. Depois eu entendi que os livros continuariam a fazer o mesmo por mim na vida adulta.”
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A gato sem rabo é uma extensão da sua biblioteca, estratégia de negócio em obras escritas por mulheres – seguindo o exemplo de livrarias de Paris, NY e Londres, e preenchendo uma lacuna, até mesmo uma demanda, no mercado de livros – ou uma união das duas coisas?
JS: A gato sem rabo reflete o momento atual, no qual cada vez mais as mulheres tomam para si o controle de suas narrativas e de projetos políticos de emancipação social. A livraria nasce de um movimento que já estava em curso e com muita força. Ela não é a extensão da minha biblioteca, mas a extensão das nossas bibliotecas invisibilizadas. Assim como nas livrarias Violette and Co., de Paris, na Blue Stockings, de Nova York, na Persephone Books, de Londres, e na antiga Lilith que tivemos em Curitiba nos anos 1990, é a materialização do desejo da Virginia Woolf, da Gloria Anzaldúa e da Carolina Maria de Jesus de verem estantes cheias de livros escritos por elas. Duvido que qualquer uma dessas livrarias tenha sido aberta como uma estratégia de negócio.
Aberta em meio à pandemia de Covid-19, qual o maior desafio que você enfrentou em inaugurar seu primeiro empreendimento, uma loja física de 65 metros quadrados no antigo centro de São Paulo?
JS: Adiamos a abertura em um ano e nesse período continuamos conversando com agentes do mercado, intensificando a pesquisa, criando laços e observando com atenção e preocupação a situação das livrarias. Optar por abrir em meio a pandemia foi uma afirmação para reforçar a importância do livro e da cultura para o momento que estamos passando e fortalecer a cadeia para o futuro próximo. O público respondeu com o apoio que precisávamos para seguir. Talvez esse tenha sido o maior desafio, tomar a decisão de abrir no mês de maio de 2021. Depois, no âmbito burocrático, o desafio foi incorporar o ritmo dos acertos no final do mês e lidar com o sistema que tem cara de Windows 98.
Qual o tamanho do acervo da gato sem rabo hoje e os seus destaques? Quais os critérios para suas escolhas de livros, eventos e parcerias?
JS: O catálogo possui 3.070 títulos, com cerca de 170 editoras, que abrangem de grupos editoriais a pequenas editoras com poucos títulos publicados. O acervo disponibiliza ao público o trabalho intelectual de mulheres que escrevem nas mais diversas áreas, desde clássicos da literatura de ficção até filosofia, arte, ciência e literatura infantojuvenil. Na nossa seleção damos ênfase à produção textual do Sul Global. Procuramos por livros que ajudam a questionar os paradigmas que vivemos hoje, autoras que operam mudanças na nossa percepção e incitam a imaginação de outros mundos possíveis.
Qual a história que leu que mais te marcou?
JS: Fiquei bem impactada nos últimos anos por Argonautas, de Maggie Nelson, As mulheres de Tijucopapo, de Marilene Felinto, e As aventuras de China Iron, de Gabriela Cabezón Camara.
Johanna Stein é fundadora da livraria gato sem rabo, em São Paulo, especializada em livros escritos por mulheres, pessoas trans e travestis. Formada em Artes Visuais pela Faap, dedicou-se a projetos que visavam democratizar a cultura na cidade de São Paulo. Hoje atua como pesquisadora responsável pela curadoria do acervo da livraria e comunicação.
RODA DE CONVERSA VIRTUAL Convidada Adriana Lisboa A autora Adriana Lisboa é a convidada da vez para esse novo encontro na nossa Roda de Conversa Virtual no Blog da Relicário. Nesta conversa, Adriana está rodeada por oito entrevistadores: a jornalista e conteudista Bárbara Krauss (@bdebarbarie); o escritor, poeta e professor Edimilson de Almeida Pereira; …
“A LITERATURA ME FORÇA A ABRIR PORTAS QUE ME DAVAM MEDO” Em uma decisão histórica, o Congresso francês aprovou em 4 de março de 2024 o projeto de lei que constitucionaliza a liberdade das mulheres de recorrer à interrupção voluntária da gravidez no país. A votação representa um momento emblemático na França, que descriminalizou o …
“COLOCAR-SE NO LUGAR DO OUTRO É EXERCÍCIO DIÁRIO, DESAFIADOR” convidada Ieda Magri Em entrevista para o Blog da Relicário, a escritora e professora da UERJ Ieda Magri fala sobre as intenções de Uma exposição, os pontos de contato de alegorias do livro – como o o coração, a casa, a carne, o corpo – …
‘NAS TRAGÉDIAS GREGAS AS MULHERES SÃO PROTAGONISTAS, SOBRETUDO EM EURÍPIDES. A TRAGÉDIA É A JANELA PARA ENTENDERMOS O MEDO QUE A HUMANIDADE TEM DO FEMININO.’ Entrevista com Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa + Convidados: Leticia Bosisio, Mateus Baldi e Nara Vidal Um passeio sobre dramaturgia, textos gregos na atualidade e por que ler os clássicos. …
COLUNA LIVRE
Convidada Johanna Stein
“SOU UMA LEITORA DE PAPÉIS. EU ADORO O TEXTO DA PIZARNIK. ELA ESTÁ NA MINHA CABECEIRA. FOI NUM DOMINGO SILENCIOSO QUE LI ‘ÁRVORE DE DIANA’ E DESDE ENTÃO TENTO ME RECUPERAR DESSE BAQUE.”
Nossa entrevista desta semana especial é com Johanna Stein, proprietária da livraria gato sem rabo, em São Paulo, que muito em breve completará seu primeiro ano de vida. Johanna afirma que demorou para perceber que havia se tornado livreira, mas ao mesmo tempo que desde pequena tem uma “relação de confiança com os livros”.
A gato sem rabo não só chegou com muito barulho e expectativa para profissionais do livro, da cultura e entre leitoras, como também fez valer os desejos de Johanna como leitora e seu projeto artístico. “Eu lamentava a falta de um espaço que pudesse encontrar a produção textual de mulheres, pessoas trans, não binárias, travestis e as demais vozes apartadas dos cânones literários. Então tive vontade de construí-lo, ainda sem saber como seria o formato”, explica.
Nesta semana, nos dias 23 (quarta) e 25 (sexta) de março, a gato sem rabo promove com a Relicário o Circuito Alejandra Pizarnik, evento gratuito com duas conversas entre 18h30 e 20h no canal da livraria no YouTube, com um incrível time de convidados/as. Mais informações e inscrições aqui.
Leitora apaixonada de Pizarnik, Johanna mantém livros adorados em suas estantes e cabeceiras, mas as autoras mais queridas estão por toda a sua casa, em seus lugares preferidos para ler. Uma forma simbólica de ter a presença, as palavras e a potência de autoras como Adrienne Rich, Eileen Myles, Anais Nin, Silvia Molloy, Geni Guimarães, Lina Meruane e Adriana Armony por todo canto.
Como se vê, Pizarnik está em muito boa companhia não só na gato sem rabo, mas no teto de Johanna Stein.
Por Michelle Strzoda
Desde quando os livros fazem parte da sua vida?
Johanna Stein: Desde pequena eu tenho uma relação de confiança com os livros. Nos momentos importantes e difíceis da minha vida, como quando enfrentei meus primeiros medos de monstros ou quando entrei na adolescência, fui amparada por leituras que me faziam perceber que tudo ia ficar bem e que eu não estava sozinha. Depois eu entendi que os livros continuariam a fazer o mesmo por mim na vida adulta.
Antes de se tornar livreira, você estudou artes visuais e trabalhava com moda. Quando veio a decisão de se tornar livreira? Por que escolheu trabalhar com livros?
JS: Confesso que demorei para perceber que havia me tornado uma livreira. A livraria gato sem rabo surgiu da minha pesquisa em artes, na qual eu estudei a obra de mulheres artistas que trabalham com o texto. Eu lamentava a falta de um espaço que pudesse encontrar a produção textual de mulheres, pessoas trans, não binárias, travestis e as demais vozes apartadas dos cânones literários. Então tive vontade de construí-lo, ainda sem saber como seria o formato. No início do projeto conversei com diversas pessoas, algumas acharam uma grande loucura, outras embarcaram na ideia e contribuíram substancialmente. Por fim, o modelo de uma livraria acabou sendo o mais viável, pois eu poderia criar um espaço físico dedicado a encontros e leituras e ele seria autossustentável através da venda dos livros.
Como é sua biblioteca pessoal hoje: escritoras e escritores de cabeceira, livros impressos de estimação? Lê no digital?
JS: Sou uma leitora de papéis. Me faz bem ter livros por perto, sentir o cheiro, interromper o silêncio da sala ao passar para a próxima página. Minha biblioteca tem livros que não li, mas os acho bonitos. Tem livros antigos que ganhei de amigos ou familiares que precisavam se livrar dos ácaros. Alguns livros sobre artistas com imagens inspiradoras. Uma prateleira dedicada à filosofia e estética. Outra sobre teoria feminista. E minhas autoras favoritas de poesia e prosa acabam ficando espalhadas pela casa conforme defino novos lugares favoritos de leitura. Pizarnik está na minha cabeceira, junto com Adrienne Rich, Eileen Myles e Anais Nin. Ao lado do sofá agora estão Silvia Molloy, Geni Guimarães, Lina Meruane e Adriana Armony.
Alejandra Pizarnik tem um lugar especial nessa biblioteca, assim como Virginia Woolf?
JS: Eu adoro o texto da Pizarnik. Lembro bem quando a Relicário lançou as primeiras traduções. Foi num domingo silencioso que li Árvore de Diana e desde então tento me recuperar desse baque. Comecei a ler sua prosa, em uma edição em espanhol com um desenho da própria Pizarnik na capa. Eu adoro escritoras que desenham.
“Fui amparada por leituras que me faziam perceber que tudo ia ficar bem e que eu não estava sozinha. Depois eu entendi que os livros continuariam a fazer o mesmo por mim na vida adulta.”
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A gato sem rabo é uma extensão da sua biblioteca, estratégia de negócio em obras escritas por mulheres – seguindo o exemplo de livrarias de Paris, NY e Londres, e preenchendo uma lacuna, até mesmo uma demanda, no mercado de livros – ou uma união das duas coisas?
JS: A gato sem rabo reflete o momento atual, no qual cada vez mais as mulheres tomam para si o controle de suas narrativas e de projetos políticos de emancipação social. A livraria nasce de um movimento que já estava em curso e com muita força. Ela não é a extensão da minha biblioteca, mas a extensão das nossas bibliotecas invisibilizadas. Assim como nas livrarias Violette and Co., de Paris, na Blue Stockings, de Nova York, na Persephone Books, de Londres, e na antiga Lilith que tivemos em Curitiba nos anos 1990, é a materialização do desejo da Virginia Woolf, da Gloria Anzaldúa e da Carolina Maria de Jesus de verem estantes cheias de livros escritos por elas. Duvido que qualquer uma dessas livrarias tenha sido aberta como uma estratégia de negócio.
Aberta em meio à pandemia de Covid-19, qual o maior desafio que você enfrentou em inaugurar seu primeiro empreendimento, uma loja física de 65 metros quadrados no antigo centro de São Paulo?
JS: Adiamos a abertura em um ano e nesse período continuamos conversando com agentes do mercado, intensificando a pesquisa, criando laços e observando com atenção e preocupação a situação das livrarias. Optar por abrir em meio a pandemia foi uma afirmação para reforçar a importância do livro e da cultura para o momento que estamos passando e fortalecer a cadeia para o futuro próximo. O público respondeu com o apoio que precisávamos para seguir. Talvez esse tenha sido o maior desafio, tomar a decisão de abrir no mês de maio de 2021. Depois, no âmbito burocrático, o desafio foi incorporar o ritmo dos acertos no final do mês e lidar com o sistema que tem cara de Windows 98.
Qual o tamanho do acervo da gato sem rabo hoje e os seus destaques? Quais os critérios para suas escolhas de livros, eventos e parcerias?
JS: O catálogo possui 3.070 títulos, com cerca de 170 editoras, que abrangem de grupos editoriais a pequenas editoras com poucos títulos publicados. O acervo disponibiliza ao público o trabalho intelectual de mulheres que escrevem nas mais diversas áreas, desde clássicos da literatura de ficção até filosofia, arte, ciência e literatura infantojuvenil. Na nossa seleção damos ênfase à produção textual do Sul Global. Procuramos por livros que ajudam a questionar os paradigmas que vivemos hoje, autoras que operam mudanças na nossa percepção e incitam a imaginação de outros mundos possíveis.
Qual a história que leu que mais te marcou?
JS: Fiquei bem impactada nos últimos anos por Argonautas, de Maggie Nelson, As mulheres de Tijucopapo, de Marilene Felinto, e As aventuras de China Iron, de Gabriela Cabezón Camara.
Johanna Stein é fundadora da livraria gato sem rabo, em São Paulo, especializada em livros escritos por mulheres, pessoas trans e travestis. Formada em Artes Visuais pela Faap, dedicou-se a projetos que visavam democratizar a cultura na cidade de São Paulo. Hoje atua como pesquisadora responsável pela curadoria do acervo da livraria e comunicação.
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