Angelo Oswaldo de Araújo Santos (Belo Horizonte, 7 de dezembro de 1947) é jornalista, curador, gestor público e político brasileiro. Formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com especialização no Instituto Francês de Imprensa, em Paris, atuou como crítico literário, editor e colaborador de periódicos como Estado de Minas, Jornal do Brasil e Le Monde. Foi editor do Suplemento Literário de Minas Gerais e consultor das Edições Gallimard (Paris).
Como curador e ensaísta, Angelo Oswaldo organizou exposições e catálogos nacionais e internacionais que projetaram o barroco brasileiro, como Três Séculos de Arte Brasileira / Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo (Palazzo Reale, Milão, 2004), Sant’Ana na Coleção Ângela Gutierrez (Pinacoteca de São Paulo, 2003), Oratórios Brasileiros (Turim, 2001) e Brasil Barroco: Entre o Céu e a Terra (Petit Palais, Paris, 1999-2000).
Sua produção literária abrange obras como Na Casa de Alphonsus (2018), Igrejas de Minas (1998) e Ouro Preto – Tempo sobre Tempo (1985), além de inúmeras participações em antologias, publicações de artigos em periódicos e colaborações acadêmicas. Membro da Academia Mineira de Letras, recebeu condecorações da França (Legião de Honra), Portugal (Ordem do Infante Dom Henrique) e Espanha (Ordem de Isabel, a Católica), reconhecendo sua contribuição à cultura.
Sua carreira política inclui múltiplos mandatos como prefeito de Ouro Preto (1993-1996, 2005-2008, 2009-2012, 2021-2024 e reeleito para 2025-2028), além dos cargos executivos sempre dedicados à interseção entre arte, política e memória, como os de secretá- rio de Cultura de Minas Gerais, presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ministro da Cultura (como interino na gestão Celso Furtado) e presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), onde consolidou sua atuação em defesa do patrimônio histórico.