‘NAS TRAGÉDIAS GREGAS AS MULHERES SÃO PROTAGONISTAS, SOBRETUDO EM EURÍPIDES. A TRAGÉDIA É A JANELA PARA ENTENDERMOS O MEDO QUE A HUMANIDADE TEM DO FEMININO.’
Entrevista com Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
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Convidados: Leticia Bosisio, Mateus Baldi e Nara Vidal
Um passeio sobre dramaturgia, textos gregos na atualidade e por que ler os clássicos. Esse é o mote da entrevista que a tradutora Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa concedeu ao Blog da Relicário. Diretora de tradução do recém-lançado Hécuba, de Eurípides, edição comentada com tradução direta do grego por Trupersa (Trupe de tradução e encenação de teatro antigo), Tereza Virgínia comenta aspectos de tragédias e nos presenteia com um itinerário particular pelo gênero dramático.
Também compartilham depoimentos sobre suas tragédias preferidas os convidados Leticia Bosisio, da Janela Livraria, e os escritores Mateus Baldi e Nara Vidal.
Relicário: Por que ler os clássicos hoje? Qual (ou quais) aqueles clássicos que fazem sua cabeça?
Tereza Virgínia: Esta é uma pergunta difícil. Poderia responder com os motivos de Calvino, Umberto Eco, Borges, muita gente… Vou tentar ser bem brasileira na resposta. Ler os clássicos é importante para não pensar que aquilo que fazemos é inaugural. Lê-los é essencial para sermos mais humildes diante de obras tão magníficas e aprendermos com elas. Visitá-los, revisitá-los e disputar com eles, emulá-los. Isso fará de nós os novos clássicos do futuro, iguais ou melhores que os que nos antecederam. Isso nos fará mais fortes, mais competitivos no mercado literário. Homero na cabeça, os trágicos Ésquilo e Eurípides no coração.
Relicário: Ao fazermos um passeio sobre a dramaturgia, qual seria seu itinerário particular?
TV: Seria, claro, Eurípides com suas surpresas, deuses ex-machina,peripécias cheias de paixão. Depois Nelson Rodrigues, com a coragem de escancarar nossa hipocrisia. Gosto muito da dramaturgia bem-humorada e esperançosa do Ariano Suassuna, do lirismo do Calderón [de la Barca] e do erotismo do Cântico dos cânticos que não tem autor. Gosto sobremaneira das abordagens trágicas de Hélia Correia.
Relicário: E quanto aos textos gregos? São mesmo imortais? Qual a obra (ou o autor) que você acredita que tenha maior conexão com os dias atuais? O mais profético?
TV: São imortais, mas dependentes. Sim, eles carecem de nós e viverão enquanto houver editores corajosos para publicá-los; tradutores empenhados e abertos para o jogo de renovação e preservação do original; e atores capacitados e valentes. Encenar textos de 2.500 anos atrás não é para qualquer um. Você precisa encarar os mortos, conversar com eles cara a cara, negociar, dormir e fazer amor com eles. Isso é mais que ser imortal, é ser coletivo, atemporal e cósmico.
Relicário: Qual o lugar da mulher nas tragédias gregas? O que mais mudou e o que permanece em termos sociais, políticos e culturais?
TV: Dificilmente as mulheres na Grécia tinham voz. Nas tragédias, porém, elas são protagonistas, sobretudo em Eurípides. São mulheres que olham de igual para igual os heróis máximos da cultura, lutam com eles e, por não poucas vezes, vencem. A tragédia é a janela para entendermos o medo que a humanidade tem do feminino. Esse medo permanece; cresce, aliás. Há um risco de apagamento dessa ‘classe de gente’… Um pouco porque a condição da mulher (e sua potência) é extraordinária e assustadora. Deixar uma mulher desabrochar em plenitude é deinós (termo grego que significa: terrível, maravilhoso, medonho, assustador, esplêndido…), é estupendo. Hoje a coisa parece meio “estúpida”. Prefiro mesmo o adjetivo “estupendo”, gerúndio em ação permanente, fluxo contínuo, OM.Poder gerar a partir de uma semente, nutrir um outro ser com o próprio corpo, entendê-lo nas entranhas até chorar a sua dor e amar a sua miséria (que é o limite de todo e qualquer ser) é absurdamente cósmico. Politicamente é louco demais, a mulher precisa mover milênios de opressão masculina para se colocar – e olha que consegue, algumas perdem sua essência no caminho e passam a ser cópia do seu algoz… isso me lembra uma charge do Laerte: minotauro não morre, porque seus assassinos usam as mesmas armas e modos que ele e assumem seu papel… mas algumas conseguem ir além, tipo Nise da Silveira, Zilda Arns, penso nelas, elas, creio, fizeram política eficaz… penso também na coragem de outra mulher bem próxima de nós, mineiros: doutora Filó.
Relicário: Qual sua tragédia preferida? Por quê?
TV: No momento (porque mudo de gosto com a idade), Hécuba. Ela me ajuda a compreender melhor a guerra que vivemos hoje, a brutalidade e hipocrisia das invasões e crueldades por poder.
Minha tragédia favorita
Leticia Bosisio, sócia da Janela Livraria
“A tragédia de Sísifo sempre me bateu com muita força. Imaginar aquele homem condenado a repetidamente subir uma pesada pedra montanha acima e depois recomeçar sem fim. A condenação a repetição eterna, que para mim se assemelha um pouco à vida rotineira de todos nós, e a possibilidade de a cada movimento encontrar a diferença, a mínima diferença, que faz de cada movimento o único. Não é assim a vida? Tirar do mesmo, o genial? Fora isso, Sísifo foi um herói de paixões, de revoluções… por isso condenado.”
Mateus Baldi, escritor
“O beijo no asfalto, publicada em 1960 e encenada no ano seguinte, reúne os elementos que fizeram de Nelson Rodrigues um dos mais agudos observadores da sociedade brasileira. Em três atos inspirados numa história real, essa tragédia carrega o terror de uma sociedade corrompida. Ao realizar o último desejo de um homem atropelado, Arandir deixa de ser um cidadão honesto e passa a ser visto como um homossexual, um pervertido. A crônica da decadência familiar, tendo como filtro o Rio de Janeiro, tão comum nas peças de Nelson, aqui atinge um brilho difícil de ser alcançado: as nuances e os horrores dos interesses escusos dos personagens terminam por enredar o espectador em uma verdadeira tormenta urbana, sem dever nada aos gregos. Um texto fundamental para entender o Brasil.”
Nara Vidal, escritora
“Questão quase impossível. Gosto profundamente da maior parte das tragédias gregas. Gosto da tragédia de Agamenon, de Electra, de Antígona, especialmente. Mas há uma tragédia que já convive comigo há muito tempo em releituras e profundas reflexões: Macbeth, de Shakespeare. Eu talvez escolhesse Rei Lear, que também é poderosíssima ou uma menos popular como Titus Andronicus, da qual vários críticos não gostam e que consideram menor, opinião da qual discordo. Venho lendo e estudando Macbeth há mais tempo, então escolho essa de Shakespeare como a minha favorita. Numa estrutura shakespeariana clássica em cinco atos, desdobra-se uma história que traz elementos do sobrenatural, do místico, além de características humanas muito evidentes e desconcertantemente próximas a qualquer um de nós. O arco trágico de Lady Macbeth é uma riqueza à parte, além de abraçar interpretações diversas para a origem do seu processo de loucura, que pode ser tanto um luto pelo filho morto, ou a mudança dramática do seu senso de autoimportância ao longo da peça. Destaco ainda em Lady Macbeth sua disposição para abdicar de toda e qualquer característica feminina que a impeça de agir com coragem, violência, mesquinharia e brutalidade, aspectos que ele identifica como masculinos. Não importa quantas vezes eu leia ou veja a peça, sempre e invariavelmente me emociono e encontro um aspecto novo. É infinita.”
“A LINHA É PLURAL PORQUE SOMOS SINGULARES” Convidada Edith Derdyk A linha como organismo vivo. A partir de uma arqueologia da linguagem do desenho e da escrita, O corpo da linha: notações sobre desenho, novo livro da autora e artista Edith Derdyk nasce de uma investida crítica contra usos e noções cristalizadas, e desafia a …
RODA DE CONVERSA VIRTUAL Convidada Adriana Lisboa A autora Adriana Lisboa é a convidada da vez para esse novo encontro na nossa Roda de Conversa Virtual no Blog da Relicário. Nesta conversa, Adriana está rodeada por oito entrevistadores: a jornalista e conteudista Bárbara Krauss (@bdebarbarie); o escritor, poeta e professor Edimilson de Almeida Pereira; …
“LIVRO É INCENTIVO. FOI ASSIM QUE ENTROU NA MINHA VIDA” Convidada Nanni Rios Nossa primeira entrevista neste mês de março é com Nanni Rios, catarinense e sócia da Baleia, livraria em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Para Nanni, uma das coisas maravilhosas de ser livreira é receber pedidos do tipo: Ei, procuro “um …
Roda de conversa virtual Convidada Carola Saavedra Semana de entrevistada e entrevistadores pra lá de especiais. A autora Carola Saavedra é nossa convidada para a abertura da nova seção Roda de Conversa Virtual no Blog da Relicário. Nesta conversa, Carola está rodeada por sete entrevistadores: Berttoni Licarião (@literatoni), doutor em Literatura pela UnB; a …
COLUNA GABINETE DE CURIOSIDADES
‘NAS TRAGÉDIAS GREGAS AS MULHERES SÃO PROTAGONISTAS,
SOBRETUDO EM EURÍPIDES. A TRAGÉDIA É A JANELA PARA ENTENDERMOS
O MEDO QUE A HUMANIDADE TEM DO FEMININO.’
Entrevista com Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
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Convidados: Leticia Bosisio, Mateus Baldi e Nara Vidal
Um passeio sobre dramaturgia, textos gregos na atualidade e por que ler os clássicos. Esse é o mote da entrevista que a tradutora Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa concedeu ao Blog da Relicário. Diretora de tradução do recém-lançado Hécuba, de Eurípides, edição comentada com tradução direta do grego por Trupersa (Trupe de tradução e encenação de teatro antigo), Tereza Virgínia comenta aspectos de tragédias e nos presenteia com um itinerário particular pelo gênero dramático.
Também compartilham depoimentos sobre suas tragédias preferidas os convidados Leticia Bosisio, da Janela Livraria, e os escritores Mateus Baldi e Nara Vidal.
Relicário: Por que ler os clássicos hoje? Qual (ou quais) aqueles clássicos que fazem sua cabeça?
Tereza Virgínia: Esta é uma pergunta difícil. Poderia responder com os motivos de Calvino, Umberto Eco, Borges, muita gente… Vou tentar ser bem brasileira na resposta. Ler os clássicos é importante para não pensar que aquilo que fazemos é inaugural. Lê-los é essencial para sermos mais humildes diante de obras tão magníficas e aprendermos com elas. Visitá-los, revisitá-los e disputar com eles, emulá-los. Isso fará de nós os novos clássicos do futuro, iguais ou melhores que os que nos antecederam. Isso nos fará mais fortes, mais competitivos no mercado literário. Homero na cabeça, os trágicos Ésquilo e Eurípides no coração.
Relicário: Ao fazermos um passeio sobre a dramaturgia, qual seria seu itinerário particular?
TV: Seria, claro, Eurípides com suas surpresas, deuses ex-machina, peripécias cheias de paixão. Depois Nelson Rodrigues, com a coragem de escancarar nossa hipocrisia. Gosto muito da dramaturgia bem-humorada e esperançosa do Ariano Suassuna, do lirismo do Calderón [de la Barca] e do erotismo do Cântico dos cânticos que não tem autor. Gosto sobremaneira das abordagens trágicas de Hélia Correia.
Relicário: E quanto aos textos gregos? São mesmo imortais? Qual a obra (ou o autor) que você acredita que tenha maior conexão com os dias atuais? O mais profético?
TV: São imortais, mas dependentes. Sim, eles carecem de nós e viverão enquanto houver editores corajosos para publicá-los; tradutores empenhados e abertos para o jogo de renovação e preservação do original; e atores capacitados e valentes. Encenar textos de 2.500 anos atrás não é para qualquer um. Você precisa encarar os mortos, conversar com eles cara a cara, negociar, dormir e fazer amor com eles. Isso é mais que ser imortal, é ser coletivo, atemporal e cósmico.
Relicário: Qual o lugar da mulher nas tragédias gregas? O que mais mudou e o que permanece em termos sociais, políticos e culturais?
TV: Dificilmente as mulheres na Grécia tinham voz. Nas tragédias, porém, elas são protagonistas, sobretudo em Eurípides. São mulheres que olham de igual para igual os heróis máximos da cultura, lutam com eles e, por não poucas vezes, vencem. A tragédia é a janela para entendermos o medo que a humanidade tem do feminino. Esse medo permanece; cresce, aliás. Há um risco de apagamento dessa ‘classe de gente’… Um pouco porque a condição da mulher (e sua potência) é extraordinária e assustadora. Deixar uma mulher desabrochar em plenitude é deinós (termo grego que significa: terrível, maravilhoso, medonho, assustador, esplêndido…), é estupendo. Hoje a coisa parece meio “estúpida”. Prefiro mesmo o adjetivo “estupendo”, gerúndio em ação permanente, fluxo contínuo, OM. Poder gerar a partir de uma semente, nutrir um outro ser com o próprio corpo, entendê-lo nas entranhas até chorar a sua dor e amar a sua miséria (que é o limite de todo e qualquer ser) é absurdamente cósmico. Politicamente é louco demais, a mulher precisa mover milênios de opressão masculina para se colocar – e olha que consegue, algumas perdem sua essência no caminho e passam a ser cópia do seu algoz… isso me lembra uma charge do Laerte: minotauro não morre, porque seus assassinos usam as mesmas armas e modos que ele e assumem seu papel… mas algumas conseguem ir além, tipo Nise da Silveira, Zilda Arns, penso nelas, elas, creio, fizeram política eficaz… penso também na coragem de outra mulher bem próxima de nós, mineiros: doutora Filó.
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