Nascida em 16 de maio de 1929, Adrienne Cecile Rich foi uma poeta, ensaísta e ativista feminista americana. Recebeu diversos prêmios literários, como o National Book Award, e foi reconhecida como uma das autoras mais influentes da segunda metade do século XX – dando voz à luta das mulheres e lésbicas por igualdade e expressão. Assim como Anne Sexton, Rich é aclamada por sua poesia, que abriga temas como a sexualidade feminina, a violência doméstica, a opressão patriarcal, a loucura, a busca por identidade.
As duas poetas se conheceram em 1962 e desenvolveram uma amizade próxima e colaborativa. Sexton admirava a força intelectual e a voz poética de Rich, enquanto Rich reconhecia a autenticidade e a crueza dos poemas de Sexton. Seu diálogo se estabeleceu através da escrita.
Adrienne Rich
Apesar de terem estilos poéticos diferentes, tinham semelhanças temáticas. Rich era conhecida por sua linguagem precisa e imagística complexa, enquanto Sexton utilizava uma linguagem mais coloquial. Elas se influenciaram mutuamente, trocaram poemas, ideias e sugestões. Sexton se inspirou na abordagem mais formal e rigorosa de Rich, enquanto Rich foi arrebatada pela intensidade da poesia de Sexton.
Juntas, Rich e Sexton contribuíram significativamente para o desenvolvimento da poesia feminista, inspirando gerações de mulheres a escreverem sobre suas experiências de forma autêntica.
Após a morte de Sexton, que em 2024 completa 50 anos, Rich escreveu um ensaio intitulado “When Anne Sexton Died”, o qual publicamos a seguir, em tradução de be rgb. No texto, Adrienne Rich reflete sobre a amizade e a influência de Sexton em sua escrita, bem como o impacto da morte de Sexton na comunidade literária. Anne Sexton, por sua vez, já havia homenageado a amiga – reconhecendo a força e a inteligência de Adrienne – no poema “To an Old Friend”.
***
Um ensaio de Adrienne Rich sobre Anne Sexton Tradução de be rgb
Anne Sexton: 1928-1974 (1974)
Encontrei Anne Sexton uma ou duas vezes. Eu estava lecionando na City College em Nova Iorque quando ela morreu, e a tímida comunidade de mulheres de lá resolveu realizar um memorial para ela. Relembrando-me do efeito do suicídio de Sylvia Plath em tantas jovens poetas (uma obsessão imaginativa sobre vitimização e morte, injusta com a própria Plath e sua luta para sobreviver), quis falar sobre a questão de identificação que uma suicida sempre provoca. Esta é minha tentativa de fazê-lo.
Anne Sexton foi uma poeta e suicida. Ela não era feminista em um sentido consciente ou definido por si, mas fez algumas coisas à frente do renascimento do movimento feminista. Ela escreveu poemas aludindo ao aborto, masturbação, menopausa e o doloroso amor de uma mãe impotente por suas filhas, muito antes desses temas terem sido validados por uma consciência coletiva de mulheres; e tudo isso enquanto escrevia e publicava sob o escrutínio do establishment literário masculino.
Em 1966, ajudei a organizar um sarau contra a Guerra do Vietnã, em Harvard, e chamei-a para participar. Famosos poetas e romancistas estavam lá, lendo suas diatribes contra McNamara, seus poemas napalm, sua poesia egoica. Anne leu — em uma voz silenciosa e vulnerável — “Little Girl, My Stringbeam, My Lovely Woman” — estabelecendo em primeira mão a imagem de afirmação da filha por uma mãe, contra as cenas batidas de morte e violência lançadas por homens que nunca tinham visto uma vila bombardeada. Aquele poema era de 1964 e era feminista. A mente de Anne Sexton era frequentemente patriarcal, mas em seu sangue e seus ossos, ela sabia.
Ao saber da morte de Anne, muitas escritoras tentam reconciliar seus sentimentos por ela, por sua poesia, por seu suicídio aos quarenta e cinco, com as vidas nas quais estamos tentando permanecer vivas. Já tivemos o bastante de mulheres poetas suicidas, de mulheres suicidas, de autodestrutividade como a única forma de violência permitida às mulheres.
À honra e memória de Anne Sexton, gostaria de listar algumas das formas através das quais nos destruímos. A banalização de si é uma delas. Outra é crer na mentira de que mulheres não capazes de realizar grandes obras. Não levarmos nosso trabalho suficientemente a sério, sempre considerando as necessidades das outras pessoas como mais urgentes do que as nossas. Ficarmos contentes de produzirmos trabalho artístico ou intelectual em que imitamos homens, em que mentimos para nós mesmas e para cada uma de nós, em que não nos pressionamos para fazer o melhor de nossas possibilidades, em que falhamos ao dar atenção, que daríamos a uma criança ou a(o) amada(o). Hostilidade horizontal — menosprezo por mulheres — é outra: o medo e a desconfiança de outras mulheres, porque outras mulheres são nós mesmas. A convicção de que “mulheres nunca farão nada”, que a autodeterminação e sobrevivência das mulheres é secundária à revolução “real” feita por homens, que “nossas piores inimigas são as mulheres”. Tornamo-nos nossas piores inimigas quando permitimos que o ódio inculcado contra nós mesmas direcione tais projeções superficiais contra as outras. Outro tipo de destrutividade é a compaixão mal direcionada. Uma mulher que conheço foi estuprada recentemente; seu primeiro — e típico — instinto foi sentir pena do estuprador, quem a manteve sob sua faca. Quando começarmos a sentir compaixão por nós mesmas ao invés de senti-la por nossos estupradores, começaremos a nos imunizar contra o suicídio. Uma quarta maneira é o vício. Vício ao “Amor” — à ideia do amor altruísta e sacrificial, algo redentor, como uma vocação feminina; ao sexo como uma alucinação de adicta, um caminho de anulação de si ou autoimolação. Vício à depressão — a forma mais aceitável de viver uma existência feminina, e uma vez que a deprimida não pode ser considerada responsável, doutores vão nos prescrever pílulas, o álcool oferece seu manto de vazio. Vício à aprovação masculina: enquanto conseguir encontrar um homem que a legitime, sexual ou intelectualmente, você estará bem de alguma forma, sua existência validada, não importa o preço que pague.
Banalização de si, menosprezo por mulheres, compaixão mal direcionada, vício; se pudéssemos nos purgar desse veneno quádruplo, teríamos mentes e corpos alinhados para o ato de sobrevivência e reconstrução.
Penso em Anne Sexton como uma irmã cujo trabalho nos mostra aquilo que temos que combater, em nós e nas imagens mantidas para nós pelo patriarcado. A poesia dela é uma guia às ruínas, onde aprendemos que as mulheres têm vivido e onde devemos nos recusar a estar novamente. A morte dela é um aprisionamento: nesse momento, e por alguns instantes, nós todas fomos mantidas nas mãos de um policial que nos disse que éramos culpadas e impotentes por sermos mulheres. Porém, devido ao seu trabalho, ela ainda é uma presença; e, como disse Tille Olsen, “Toda mulher que escreve é uma sobrevivente”.
RICH, Adrienne. On Lies, Secrets and Silences: Selected Prose 1966-1978. New York: W. W. Norton & Company, 1995.
be rgb, que assina a tradução do texto de Adrienne Rich
be rgb escreve, traduz, revisa e oferece as oficinas esc/ritos, encarnar-se e textos, tecidos translúcidos. Pesquisou sobre os estudos feministas da tradução e/m queer~cu-ir no doutorado na UFSC. publicou a plaquete with a leer of love (Macondo, 2019), os livros querides monstres (Douda Correria, 2021; 7Letras, 2023), a mística do bestiário não binário (Revista Philos, 2023) e o chapbook esse Ken não Binárie às vezes é Boyceta (Palimpsestus, 2023). Traduziu só e em parceria textos de literatura e não ficção do inglês, espanhol e catalão. interessade em outras eróticas, trilhas e místicas. Sua dissertação, “Tradução comentada da obra The Awful Rowing Toward God de Anne Sexton”, foi defendida no programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC em 2018. Como derivação do mestrado, be publicou outros materiais acadêmicos, como os artigos “We are all earthworms: tradução comentada do poema ‘The wall’ de Anne Sexton” (eLyra, 2017) e “Traduzindo The Awful Rowing Toward God, de Anne Sexton, para o português brasileiro através da perspectiva dos estudos feministas de tradução” (Ilha do Desterro, 2019). Também publicou uma plaquete ensaística chamada with a leer of love (Macondo, 2019), que começa narrando seu caminho até o túmulo de Anne Sexton nos arredores de Boston em 2017. Todos esses materiais se encontram sob o nome de registro de be, que está em processo de retificação de nome e de gênero. Pronomes: elu/ele.
Conheça Compaixão, de Anne Sexton, com tradução de Bruna Beber e seleção e apresentação de Linda Gray Sexton, publicado pela Relicário.
LI SEU DIÁRIO por Ana Elisa Ribeiro Não sei mais se era uma agenda ou um diário. Acho que não tinha cadeado. Eu me lembro da capa dura com o desenho do Garfield, que adorava e com quem me solidarizava no ódio às segundas-feiras. Isso passou. Hoje tenho mais horror aos domingos. E, às …
PUBLICAR UM LIVRO, MAIS UMA VEZ por Ana Elisa Ribeiro Caiu a ficha. Um dia, depois de anos e anos escrevendo e publicando poesia e prosa, me dei conta de que nunca havia sido editada por uma mulher. Tive experiências diversas e interessantes em editoras dirigidas por homens, em estados diferentes do Brasil, …
DIA DO ÍNDIO E MONUMENTO TUPINAMBÁ por Rafael Freitas da Silva Por que o Rio de Janeiro não tem um monumento em homenagem e lembrança à contribuição dos tupinambás, tupis e tamoios – gênese dos atuais cariocas? Desde o lançamento de O Rio antes do Rio tenho sido perguntado quais são os lugares …
UM PAÍS DESSE JEITO por Leonardo Villa-Forte Tem como você repetir, por favor, um segundo, pronto, agora desliguei, essa gente fica alugando, viu, isso que dá ser simpático com telefonista, e olha que era da Legião da Boa Vontade, os caras insistem tanto que te deixam sem saída, parece que fazem de propósito pra …
COLUNA GABINETE DE CURIOSIDADES
ADRIENNE RICH & ANNE SEXTON
Presença e poesia
Nascida em 16 de maio de 1929, Adrienne Cecile Rich foi uma poeta, ensaísta e ativista feminista americana. Recebeu diversos prêmios literários, como o National Book Award, e foi reconhecida como uma das autoras mais influentes da segunda metade do século XX – dando voz à luta das mulheres e lésbicas por igualdade e expressão. Assim como Anne Sexton, Rich é aclamada por sua poesia, que abriga temas como a sexualidade feminina, a violência doméstica, a opressão patriarcal, a loucura, a busca por identidade.
As duas poetas se conheceram em 1962 e desenvolveram uma amizade próxima e colaborativa. Sexton admirava a força intelectual e a voz poética de Rich, enquanto Rich reconhecia a autenticidade e a crueza dos poemas de Sexton. Seu diálogo se estabeleceu através da escrita.
Adrienne Rich
Apesar de terem estilos poéticos diferentes, tinham semelhanças temáticas. Rich era conhecida por sua linguagem precisa e imagística complexa, enquanto Sexton utilizava uma linguagem mais coloquial. Elas se influenciaram mutuamente, trocaram poemas, ideias e sugestões. Sexton se inspirou na abordagem mais formal e rigorosa de Rich, enquanto Rich foi arrebatada pela intensidade da poesia de Sexton.
Juntas, Rich e Sexton contribuíram significativamente para o desenvolvimento da poesia feminista, inspirando gerações de mulheres a escreverem sobre suas experiências de forma autêntica.
Após a morte de Sexton, que em 2024 completa 50 anos, Rich escreveu um ensaio intitulado “When Anne Sexton Died”, o qual publicamos a seguir, em tradução de be rgb. No texto, Adrienne Rich reflete sobre a amizade e a influência de Sexton em sua escrita, bem como o impacto da morte de Sexton na comunidade literária. Anne Sexton, por sua vez, já havia homenageado a amiga – reconhecendo a força e a inteligência de Adrienne – no poema “To an Old Friend”.
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Um ensaio de Adrienne Rich sobre Anne Sexton
Tradução de be rgb
Anne Sexton: 1928-1974
(1974)
Encontrei Anne Sexton uma ou duas vezes. Eu estava lecionando na City College em Nova Iorque quando ela morreu, e a tímida comunidade de mulheres de lá resolveu realizar um memorial para ela. Relembrando-me do efeito do suicídio de Sylvia Plath em tantas jovens poetas (uma obsessão imaginativa sobre vitimização e morte, injusta com a própria Plath e sua luta para sobreviver), quis falar sobre a questão de identificação que uma suicida sempre provoca. Esta é minha tentativa de fazê-lo.
Anne Sexton foi uma poeta e suicida. Ela não era feminista em um sentido consciente ou definido por si, mas fez algumas coisas à frente do renascimento do movimento feminista. Ela escreveu poemas aludindo ao aborto, masturbação, menopausa e o doloroso amor de uma mãe impotente por suas filhas, muito antes desses temas terem sido validados por uma consciência coletiva de mulheres; e tudo isso enquanto escrevia e publicava sob o escrutínio do establishment literário masculino.
Em 1966, ajudei a organizar um sarau contra a Guerra do Vietnã, em Harvard, e chamei-a para participar. Famosos poetas e romancistas estavam lá, lendo suas diatribes contra McNamara, seus poemas napalm, sua poesia egoica. Anne leu — em uma voz silenciosa e vulnerável — “Little Girl, My Stringbeam, My Lovely Woman” — estabelecendo em primeira mão a imagem de afirmação da filha por uma mãe, contra as cenas batidas de morte e violência lançadas por homens que nunca tinham visto uma vila bombardeada. Aquele poema era de 1964 e era feminista. A mente de Anne Sexton era frequentemente patriarcal, mas em seu sangue e seus ossos, ela sabia.
Ao saber da morte de Anne, muitas escritoras tentam reconciliar seus sentimentos por ela, por sua poesia, por seu suicídio aos quarenta e cinco, com as vidas nas quais estamos tentando permanecer vivas. Já tivemos o bastante de mulheres poetas suicidas, de mulheres suicidas, de autodestrutividade como a única forma de violência permitida às mulheres.
À honra e memória de Anne Sexton, gostaria de listar algumas das formas através das quais nos destruímos. A banalização de si é uma delas. Outra é crer na mentira de que mulheres não capazes de realizar grandes obras. Não levarmos nosso trabalho suficientemente a sério, sempre considerando as necessidades das outras pessoas como mais urgentes do que as nossas. Ficarmos contentes de produzirmos trabalho artístico ou intelectual em que imitamos homens, em que mentimos para nós mesmas e para cada uma de nós, em que não nos pressionamos para fazer o melhor de nossas possibilidades, em que falhamos ao dar atenção, que daríamos a uma criança ou a(o) amada(o). Hostilidade horizontal — menosprezo por mulheres — é outra: o medo e a desconfiança de outras mulheres, porque outras mulheres são nós mesmas. A convicção de que “mulheres nunca farão nada”, que a autodeterminação e sobrevivência das mulheres é secundária à revolução “real” feita por homens, que “nossas piores inimigas são as mulheres”. Tornamo-nos nossas piores inimigas quando permitimos que o ódio inculcado contra nós mesmas direcione tais projeções superficiais contra as outras. Outro tipo de destrutividade é a compaixão mal direcionada. Uma mulher que conheço foi estuprada recentemente; seu primeiro — e típico — instinto foi sentir pena do estuprador, quem a manteve sob sua faca. Quando começarmos a sentir compaixão por nós mesmas ao invés de senti-la por nossos estupradores, começaremos a nos imunizar contra o suicídio. Uma quarta maneira é o vício. Vício ao “Amor” — à ideia do amor altruísta e sacrificial, algo redentor, como uma vocação feminina; ao sexo como uma alucinação de adicta, um caminho de anulação de si ou autoimolação. Vício à depressão — a forma mais aceitável de viver uma existência feminina, e uma vez que a deprimida não pode ser considerada responsável, doutores vão nos prescrever pílulas, o álcool oferece seu manto de vazio. Vício à aprovação masculina: enquanto conseguir encontrar um homem que a legitime, sexual ou intelectualmente, você estará bem de alguma forma, sua existência validada, não importa o preço que pague.
Banalização de si, menosprezo por mulheres, compaixão mal direcionada, vício; se pudéssemos nos purgar desse veneno quádruplo, teríamos mentes e corpos alinhados para o ato de sobrevivência e reconstrução.
Penso em Anne Sexton como uma irmã cujo trabalho nos mostra aquilo que temos que combater, em nós e nas imagens mantidas para nós pelo patriarcado. A poesia dela é uma guia às ruínas, onde aprendemos que as mulheres têm vivido e onde devemos nos recusar a estar novamente. A morte dela é um aprisionamento: nesse momento, e por alguns instantes, nós todas fomos mantidas nas mãos de um policial que nos disse que éramos culpadas e impotentes por sermos mulheres. Porém, devido ao seu trabalho, ela ainda é uma presença; e, como disse Tille Olsen, “Toda mulher que escreve é uma sobrevivente”.
RICH, Adrienne. On Lies, Secrets and Silences: Selected Prose 1966-1978. New York: W. W. Norton & Company, 1995.
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be rgb escreve, traduz, revisa e oferece as oficinas esc/ritos, encarnar-se e textos, tecidos translúcidos. Pesquisou sobre os estudos feministas da tradução e/m queer~cu-ir no doutorado na UFSC. publicou a plaquete with a leer of love (Macondo, 2019), os livros querides monstres (Douda Correria, 2021; 7Letras, 2023), a mística do bestiário não binário (Revista Philos, 2023) e o chapbook esse Ken não Binárie às vezes é Boyceta (Palimpsestus, 2023). Traduziu só e em parceria textos de literatura e não ficção do inglês, espanhol e catalão. interessade em outras eróticas, trilhas e místicas. Sua dissertação, “Tradução comentada da obra The Awful Rowing Toward God de Anne Sexton”, foi defendida no programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC em 2018. Como derivação do mestrado, be publicou outros materiais acadêmicos, como os artigos “We are all earthworms: tradução comentada do poema ‘The wall’ de Anne Sexton” (eLyra, 2017) e “Traduzindo The Awful Rowing Toward God, de Anne Sexton, para o português brasileiro através da perspectiva dos estudos feministas de tradução” (Ilha do Desterro, 2019). Também publicou uma plaquete ensaística chamada with a leer of love (Macondo, 2019), que começa narrando seu caminho até o túmulo de Anne Sexton nos arredores de Boston em 2017. Todos esses materiais se encontram sob o nome de registro de be, que está em processo de retificação de nome e de gênero. Pronomes: elu/ele.
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