Mineiro de Curvelo, Lúcio Cardoso estreou em 1934 com o romance Maleita, escrito na adolescência, evoluindo até a sua obra-prima – Crônica da Casa Assassinada – publicada em 1959. De uma obra múltipla, marcada pelo distanciamento dos temas sociais de linhagem marxista de denúncias sociais, tão ao gosto da época, Lúcio enveredou pela investigação intimista da condição humana, pela análise das vicissitudes existenciais de ordem ontológica, comportamental e religiosa. Dessa forma, alinhou-se às propostas literárias de Octávio de Faria, Cornélio Penna, Augusto Frederico Schmidt, Clarice Lispector e a alguns aspectos de Guimarães Rosa, entre outros. Tudo isso confere à obra de Lúcio Cardoso um lugar ímpar na literatura brasileira, com uma qualidade inquestionável e que ainda precisa ser descoberta e sentida pelas novas gerações.
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