Este livro analisa a configuração da noção de trópicos em determinadas produções textuais e visuais brasileiras do final do século XIX e do período de virada entre as décadas de 60 e 70 do século XX, abarcando tanto os discursos oficiais como as contranarrativas produzidas por escritores, artistas e intelectuais das respectivas épocas, tais como Sousândrade, Hélio Oiticica, José Agrippino de Paula e tantos outros.
Seja no discurso oficial ou na contraparte artística, o elemento tropical foi posto em circulação para diversos fins, especialmente a serviço da afirmação – às vezes ambígua e oscilante – de certa contribuição brasileira no contexto das nações ocidentais consideradas de maior prestígio cultural, no caso as europeias, e diante do poderio industrial, político e econômico de nações como os Estados Unidos.